Taxas de juro: O que esperar desta subida?

Após anos com valores negativos, as taxas de juro começam a subir a pouco e pouco. Esta subida chega por decisão do Banco Central Europeu como consequência do aumento generalizado dos preços (a que se chama Inflação) que se tem vindo a sentir nos últimos meses.

Neste momento, as taxas de juro ainda estão a estabilizar, mas se os números da Inflação continuarem a evoluir desfavoravelmente, as taxas de juro podem subir ainda mais em 2022.

O que esperar desta subida das taxas de juro?

Quem tem a modalidade de taxa variável começa agora a sentir um aumento na prestação mensal que paga ao Banco. No entanto, é preciso ter em consideração que, nos últimos anos, estes mesmos clientes pagaram menos do que os que contrataram o crédito associado a uma taxa fixa.

Se for um ‘comprador de 1ª viagem’ e estiver à procura de informação sobre qual a melhor taxa de juro a escolher, então o melhor conselho que lhe podemos dar é: simule e peça diferentes propostas aos Bancos para que possa conseguir a que mais se ajustar às suas necessidades financeiras. 

Se por outro lado, está a ler este artigo porque o seu contrato está associado à taxa variável e se questiona se este será o momento certo para mudar para taxa fixa, não lhe conseguimos dar uma resposta concreta uma vez que dependerá de bastantes fatores. A única coisa que lhe podemos dizer é que, até aos dias de hoje, o período de taxas de juro altas na Zona Euro foi curto e que o crédito à habitação associado à taxa variável tem vindo sempre a compensar.

Vantagens de desvantagens das diferentes taxas de juro

Existem sempre vantagens e desvantagens na contratação de qualquer uma das taxas, tal como exemplificado no nosso artigo sobre qual a taxa a escolher na compra de casa – taxa fixa, variável ou mista. Na verdade, a modalidade de taxa variável é a mais escolhida nos empréstimos, mas com a subida da EURIBOR esta tendência poderá vir a alterar-se no futuro.

Se por um lado a taxa fixa poderá trazer estabilidade e segurança ao longo do pagamento do empréstimo (saberá ao certo qual será o encargo mensal a pagar), por outro lado o seu valor é mais alto que o da taxa variável. Pense a médio e longo prazo: acha que as suas despesas e/ou orçamento mensal poderão vir a alterar-se ao longo do tempo? Pensa aumentar a família ou coloca a possibilidade de vir a pedir um crédito automóvel ou crédito ao consumo? Então esta modalidade poderá deixar de ser tão vantajosa porque representará uma prestação maior a pagar mensalmente.

Relativamente à taxa variável, a sua principal vantagem é o seu valor mais baixo comparativamente à taxa fixa, dando uma sensação de alívio à gestão financeira aí de casa. No entanto, tal como vimos anteriormente, esta taxa é imprevisível e está dependente das oscilações da EURIBOR e do mercado, podendo deixar de ser benéfica a qualquer momento. Deve por isso estar atento às tendências e ao contexto socioeconómico porque quando chegar o momento de rever a taxa o valor irá depender da atual referência da EURIBOR.

Este tema ficou mais esclarecido?

Bem o avisámos que não seria fácil tomar uma decisão pois tudo se resume ao compreender qual o cenário mais favorável para si.

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